Estima-se que existam cerca de 10 mil cultos religiosos ou formas de crença popular que, ciclicamente, se têm reiterado e reinventado ao longo de civilizações e gerações; a maior parte deles com mandamentos completamente primitivos e absurdos para o contexto social atual.
Em pleno século XXI, eventualmente no seu derradeiro ciclo, ainda é possível observar seres humanos a dialogar com paredes e estátuas e a repetir até à exaustão, lengalengas de livros supostamente sagrados, como forma de agradecimento a amigos imaginários precocemente incutidos como criadores, salvadores e guardiões de pessoas e templos.
Culturalmente tidos como virtudes e incontestáveis espelhos de verdade, gravaram a sangue, suor e lágrimas, algumas das páginas mais negras da história da humanidade.
Fomentaram ódios, “guerras santas”, cobiças económicas e de poder…
Negaram, contraditaram e amarraram o conhecimento científico…
Aniquilaram o pensamento racional e violaram a inteligência…
Amarraram e aprisionaram a evolução humana…
A humanidade não precisa deste passado sombrio que, ao longo de séculos, impiedosamente e impunemente se alimentou da pobreza e desgraça dos mais fracos e inocentes.
A humanidade terá repetido mil vezes o mesmo erro ao longo do tempo e diferentes civilizações… mas alguma vez terá que despertar e perceber que não o pode voltar a repetir.
A globalização, a generalização da informação, o acesso ao conhecimento e sobretudo a melhoria das condições gerais de vida da humanidade, serão certamente fatores indispensáveis à evolução e a este lento despertar para a realidade.
A inteligência não nos permite voltar a errar…
Afinal, a mentira, ainda que mil vezes repetida, jamais poderá ser verdade!
Autor: Carlos Silva
Data: 2023-09-05
Imagem: Internet
Obs.:
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Certamente já terá reparado que o seu amigo imaginário (“deus”) o protege, mas, se precisar da sua ajuda, ou eventualmente decidir atirar-se do cimo de uma ponte, o mais certo é ir desta para melhor, pois “ele” nada fará para o evitar!
Certamente já terá reparado que o seu amigo imaginário cuida de si, mas, se ficar doente, o mais certo é recorrer a um médico para que este efetue o diagnostico e prescreva os respetivos medicamentos… e só ficará melhor depois de os tomar e efetuar os respetivos tratamentos, pois “ele” não fará absolutamente nada para o ajudar!
Certamente já terá reparado que o seu amigo imaginário orienta o seu futuro, mas, na realidade, para alcançar os seus objetivos tem que estudar ou especializar-se numa determinada área profissional… e “ele” nem sequer mexe uma palha!
Certamente já terá reparado que o seu amigo imaginário o alimenta, mas apenas se você produzir ou trabalhar arduamente para ganhar o seu salário e assim poder colher ou comprar os alimentos que precisa… e até hoje, “ele” nunca fez cair nenhum pão do céu!
Certamente já terá reparado que o seu amigo imaginário lhe oferece tudo o que gosta e precisa… terra, casa, carro… mas, na realidade, para o alcançar, é preciso que trabalhe e lute toda uma vida… e se não o fizer, “ele” também não o fará por você!
Certamente já terá reparado que o seu amigo imaginário lhe concede uma família, amigos e muito amor… mas apenas se você amar alguém e tratar bem todos os que o rodeiam… e não apenas venerar a “sua” imagem mental.
Pois é, o seu amigo imaginário não consegue fazer nada sozinho e está sempre dependente de si. Tudo depende exclusivamente de si e da sua ação!
Não adianta rezar ao seu amigo imaginário porque não produz nenhum resultado prático ou útil!
Não adianta pedir nada ao seu amigo imaginário porque “ele” ignora-o e não faz rigorosamente nada por si.
Portanto…
Se já chegou à conclusão de que tudo depende unicamente do seu esforço e dedicação;
Se finalmente conseguiu questionar a sua existência, sem medo de ameaças ou punições infernais;
Se finalmente considerou ou equacionou a hipótese do seu amigo imaginário apenas existir na sua mente;
Se finalmente concluiu que o que lhe acontece de bom ou mau resulta da sua ação e é essencialmente dela que depende o seu êxito ou fracasso;
Tal significa que finalmente é um ser completamente livre!
Tal significa que finalmente despertou completamente para a realidade!
Afinal, não existe pior cegueira que a inconsciência da sua abominável prisão mental.
Autor: Carlos Silva Data: 2023-10-25 Imagem: Internet Obs.: Direitos reservados.
Sem querer ser indiscreto ou intrometer-me na “conversa” do Rui Batista com um crente…
Normalmente não costumo comentar “comentários”, sobretudo em perfis alheios, mas, o facto de ter referido que “deseja destruir todos os ateus alienados” … e chamar os portugueses “convencidos”, oferece-me dizer o seguinte:
O ateísmo, o teísmo, a cor da pele, tal como a inteligência ou a burrice, não têm nacionalidade!
A religião cega e prende pessoas a ilusões tidas como verdades absolutas.
É uma espécie de câncer silencioso que aos poucos vai destruindo sem que tal sequer se perceba. É uma espécie de prisão mental… até à morte.
Nunca ninguém viu nenhuma divindade, simplesmente porque não existe!
Ou melhor, apenas existe na imaginação humana.
O ateísmo, em contrapartida, liberta a mente para a racionalidade!
Não lhe vou chamar “burro” (ou outros adjetivos que já lhe chamaram), nem desejar o que deseja aos ateus, pelo contrário, espero que estude, para que possa escrever e responder melhor, e sobretudo para que possa ter um futuro mais risonho pois ainda é jovem.
Espero que um dia se liberte dessa sua prisão mental. Para tal precisa que faça uso de um raciocínio mais lógico e coerente.
Na realidade, a generalidade das “religiões”, doutrina e usa os mais pobres e desfavorecidos, ou com pouco nível de instrução, explorando-os e ameaçando-os com infernos ou promessas de milagres e eternidades…
Ser ateu…
Ser ateu não é negar ou lutar contra qualquer crença!
Ser ateu é simplesmente constatar a inexistência de qualquer entidade divina!
Ser ateu é simplesmente raciocinar sobre a realidade dos factos!
Ser ateu é simplesmente retirar conclusões com base em provas fidedignas!
Ser ateu…
É ser livre…
Ser livre de partir ou ficar!
Ser livre de sentir ou pensar!
É ter tudo…
Ter tudo para dar ou receber!
Ter tudo para amar ou entender!
É ser bem para além de todo o mal,
É ser naturalmente o que é natural,
É ser simplesmente sem qualquer tormento,
É viver o momento até ao último momento.
É ter terra sem qualquer porto,
É ter conforto no desconforto,
É ter ilusão sem qualquer devoção, sem odiar…
Sem nada para acreditar ou desacreditar.
Tenha um bom dia!
Autor: Carlos Silva Data: 2023-05-08 Imagem: Internet Obs.: Direitos reservados.
“Marcelo é o nosso melhor pivô, o nosso maior embaixador” …
Foi assim que o então bispo auxiliar de Lisboa, agora cardeal Américo Aguiar, elogiou o apoio “total” do Presidente da República Portuguesa às Jornadas Mundiais da Juventude Católica.
O atual Presidente da República Portuguesa, Marcelo Ribeiro de Sousa, será visto pelas gerações futuras como o “embaixador” da Igreja Católica, o grande impulsionador das JMJ num dos mais acentuados períodos de doutrinação religiosa e, eventualmente, de maior retrocesso civilizacional em Portugal.
Quando estas gerações futuras contarem aos seus netos a história do “embaixador” da Igreja Católica de um Estado laico, que supostamente deveria ser neutro relativamente a todas as crenças, não apoiando nem se opondo a nenhuma delas, certamente também recordarão um período de grande conflitualidade e instabilidade social, de elevado desemprego e imigração, de graves carências a nível da educação e saúde, de salários baixos e sobretudo falta de habitação para os mais jovens a quem foi hipotecado o futuro e a possibilidade de, no devido tempo, se tornarem adultos.
“Esperávamos, desejávamos, conseguimos: vitória!”
Pois é!… esta nova geração já está a ser afetada pela sua “vitória”!…
Esta nova geração já está a ser afetada pela vitória da insciência e inconsciência… pela vitória da irracionalidade e da ausência de espírito crítico… pela vitória da precariedade social!
Veremos quanto e até quando serão afetadas as gerações vindouras de Portugal!
Veremos o que dirão as gerações vindouras quando um dia contarem aos seus netos a história de Portugal…
Marcelo não será apenas recordado como o presidente dos afetos e das selfies…
Marcelo não será apenas recordado como o presidente católico de um Estado laico, que se ajoelha aos pés do Papa a beijar a mão numa atitude subserviente relativamente à Igreja do Vaticano…
Marcelo não será apenas recordado como o presidente católico de um Estado laico, que age de acordo com a sua própria fé…
Marcelo será recordado como o católico presidente!
Marcelo será recordado como o maior “embaixador” da Igreja Católica em Portugal!
Autor: Carlos Silva Data: 2023-10-03 Imagem: Internet Obs.: Direitos reservados.
A Epopeia de Gilgamesh é uma das primeiras obras da literatura mundial e é constituída por doze placas em escrita uniforme onde consta a descrição de um grande “dilúvio”.
Pressupõe-se que na sua origem tenham estado lendas e contos sumérios sobre o mitológico deus-herói Gilgamesh, reunidos e compilados no século VII a.C.
Refere precisamente um desses contos Sumérios de 4500 a.C. que “deus”, na sua omnipotência, após ter criado a humanidade, se teria zangado com o seu comportamento, decidindo eliminá-la fazendo uso de um dos seus mais temíveis instrumentos divinos: o “dilúvio”. Ordenaria, então, que fosse construída uma enorme barca onde seriam carregados diferentes tipos de sementes e um casal de cada espécie animal…
No final desse “dilúvio” soltaria uma pomba para vislumbrar a existência de terra firme…
Posteriormente, a história da “Arca de Gilgamesh”, ou melhor, da “Arca de Noé”, repetir-se-ia…
“Deus”, perante o reincidente mau comportamento da Humanidade, decidiu inundar novamente a terra e causar enorme destruição. Desta vez, para serem salvos do novo “dilúvio”, escolheria o fiel Noé, a sua família, e um casal de cada espécie de todos os animais do mundo.
Com as devidas adaptações e muita imaginação, a Igreja Católica, criou, literalmente, uma cópia de uma das passagens da Epopeia, a obra que descreveu o “Dilúvio” antes da Bíblia; esta, no entanto, baseada num acontecimento real: uma inundação ocorrida no rio Eufrates, tal como comprovam dados arqueológicos da altura.
Um dos sobreviventes desse “dilúvio” seria precisamente o rei sumério Ziusudra que fretaria uma barca comercial e a encheria de comida e animais para conseguir escapar… convertendo-se, assim, numa lenda.
Menos transcendental por não ter sido à escala global, mas não menos trágico, seria o recente dilúvio ocorrido na cidade de Derna, na Líbia, após uma violenta tempestade, onde se estima que tenham morrido mais de 5 mil pessoas e tenham desaparecido cerca de 10 mil.
Continuará o dito zangado com o comportamento destas populações para impor tão severo castigo?
Não será caso para sorrir, mas qualquer leitor minimamente diligente entenderá obviamente que a maioria das histórias contidas na Bíblia são apenas cópias ou adaptações primitivas e muito rudimentares de mitos dos povos que anteriormente habitaram esta zona do globo terrestre.
Autor: Carlos Silva
Data: 2023-10-01
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