0402. Instantes

0402_Instantes

Somos seres absolutamente deslumbrantes
Ainda que simplesmente sejamos insignificantes
Ao descobrimos que somos apenas instantes
Ao descobrimos que somos apenas amantes

Amamos simplesmente esse sublime instante
Quando amamos loucamente o nosso semelhante
Descobrimos a simplicidade desta efémera realidade
E partilhamo-la com a humanidade para a eternidade

Autor: Carlos Silva
Data: 2021-09-10
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0402. Instantes

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0401. Amo-te (livro)

0401_Amo-te (livro) 

Sobre “Amo-te”
Disse a editora
Que fora o primeiro autor
Que sem o menor pudor
Revelara que o comércio não importava
Tão-somente o que sentira
Tão-somente o que amara

Onde está o espanto

Se “Amo-te”
Se esse primeiro suspiro
Não é literalmente um livro
Não é realmente um produto comercial

“Amo-te”
São apenas lágrimas e sorrisos do primeiro amor
São apenas sentimentos puros e genuínos
Que estavam guardados numa gaveta
Que pediam para ser revelados
Que pediam para ser libertados

“Amo-te”
São apenas pedaços dum amor impossível
Recordações de tudo e quase nada
Recordações da sua principal culpada

“Amo-te”
Não foi escrito para ser melhor nem pior
Apenas para ser o que é
Apenas para ser o momento que foi escrito
Sem procurar qualquer meta
Sem aspirar a qualquer louro

“Amo-te”
Já alcançou tudo o que tinha para alcançar
Alcançou a felicidade de sentir
Alcançou a felicidade de redigir
Sem qualquer primor literal
Com todo o sentimento do mundo
Com todo o prazer do mundo
Com todo o desejo do mundo
Com todo o amor do mundo

Onde está o encanto

Enfim
Já foi um êxito em mim

Autor: Carlos Silva
Data: 2021-09-13
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0400. Prenda de Natal

400. Prenda de Natal

Depois do acidente…

Depois de acordar do coma…

Depois de uma longa recuperação…

O meu pai já não é a mesma pessoa!

No entanto,

O meu pai,

É e será sempre o meu pai!

E hoje, esta pessoa, o meu pai,

Surpreendeu-me de tal forma,

Que a surpresa aqui tive que deixar:

A prenda de Natal que ele me deu…

E a prenda de Natal que eu lhe dei.

Ao perguntar que prenda queria,

De imediato respondeu:

“Um beijo!”

E foi precisamente o que fiz.

Dei-lhe, não um, mas dois beijos…

Dei-lhe duas Prendas de Natal!

E também lhe irei dar uma prenda…

Uma Prenda de Natal…

Daquelas que toda a gente dá.

O quê?!

Ainda não sei…

Mas também pouco importa!

Cada vez que estou com ele,

Mesmo não sendo Natal,

Ao vê-lo… e ao despedir-me…

Dou-lhe sempre duas Prendas de Natal!…

Daquelas que só um filho dá a um pai!

Autor: Carlos Silva
Data: 2017-12-24
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0399. A noção de correto

399. A noção de correto

“Uma gramática que pretenda registar e analisar os factos da língua culta deve fundar-se num claro conceito de norma e de correção idiomática”.

Para Norren há três critérios principais de correção, por ele denominados “histórico-literário, histórico-natural e racional”, o último, obviamente, o seu preferido.

De acordo com o critério “histórico-literário”, a correção assenta essencialmente em conformar-se com o uso encontrado nos escritores de uma época pretérita. É o critério tradicional de correção, fundado em exemplos clássicos.

O segundo critério, o “histórico-cultural”, baseia-se na doutrina de que a linguagem é um organismo que se desenvolve muito melhor em estado de completa liberdade, sem entraves.

O terceiro critério, o “racional”, é o que pode ser apreendido mais exata e rapidamente pela audiência presente e pode ser produzido mais facilmente por aquele que fala”;

“Na linguagem é importante o polo da variedade, que corresponde à expressão individual, mas também o é da unidade, que corresponde à comunicação interindividual e é garantia de intercompreensão”.

A norma não corresponde ao que se pode ou deve dizer, mas “ao que já se disse e tradicionalmente se diz na comunidade considerada”.

“Não se repreende de leve num povo o que geralmente agrada a todos” disse com singeleza o poeta Gonçalves Dias.

Com efeito, por cima de qualquer critério de correção, está a aceitabilidade social.

Autor: Carlos Silva
Data: 2019-11-18
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0398. Linguagem, Língua e Discurso

398. Linguagem Lígua e Discurso 

Linguagem é “um conjunto complexo de processos -resultado de uma certa atividade psíquica profundamente determinada pela vida social -que torna possível a aquisição e o emprego concreto de uma Língua qualquer”[1]. Usa-se também o termo para designar todo o sistema de sinais que serve de meio de comunicação entre os indivíduos. Desde que se atribua valor convencional a determinado sinal, existe uma Linguagem. À linguística interessa particularmente uma espécie de Linguagem, ou seja, a Linguagem Falada ou Articulada[2].

 

Língua é um sistema gramatical pertencente a um grupo de indivíduos. Expressão da consciência de uma coletividade, a Língua é o meio por que ela concebe o mundo que o cerca e sobre ele age. Utilização social da faculdade da linguagem, criação da sociedade, não pode ser imutável; ao contrário, tem que viver em perpétua evolução, paralela à do organismo social que criou[3].

 

Discurso (fala) é a língua no ato, na execução individual. E, como cada indivíduo tem em si um ideal linguístico, procura ele extrair do sistema idiomático de que se serve as foram de enunciado que melhor lhe exprima o gosto e o pensamento. Essa escolha entre os diversos meios de expressão que lhe oferece o rico repertório de possibilidades, que é a língua, denomina-se Estilo[4].

 

Relação entre os três aspetos:

“A Língua é a criação, mas também o fundamento da Linguagem; é, simultaneamente o instrumento e o resultado da atividade de comunicação.

Por outro lado, a Linguagem, não pode existir, manifestar-se e de desenvolver-se a não ser pelo aprendizado e pela utilização de uma Língua qualquer.

A mais frequente forma de manifestação da Linguagem -constituída de uma complexidade de processos, de mecanismos, de meios expressivos -é a Linguagem Falada, concretizada no Discurso, ou seja, a realização verbal do processo de comunicação.

O Discurso, é um dos aspetos da Linguagem -o mais importante, e, ao mesmo tempo, a forma concreta sob a qual se manifesta a Língua. O Discurso define-se, pois, como o ato de utilização individual e concreto da Língua no quadro do processo complexo da Linguagem[5].

 

— / —

 

Qual a diferença entre fala, língua e linguagem?[6]

 

A fala se refere a forma como as pessoas se comunicam oralmente. Para que a fala seja compreendida, é necessário que o recetor (a pessoa que escuta) compreenda a língua em que a mensagem foi transmitida.

Por sua vez, a linguagem refere-se a toda a forma de comunicação, seja através da fala (verbal) ou mesmo gestos, sons, imagens, etc. (não-verbal).

 

 

O que é linguagem?

O conceito de linguagem refere-se ao processo de interação entre as pessoas, onde usamos mecanismos para transmitir nossas ideias, sentimentos e informações.

Qualquer conjunto de sinais ou signos é considerado linguagem, sejam códigos linguísticos, placas de rua, gestos corporais, entre outros. Através dela, é possível que pessoas de diferentes regiões ou culturas se comuniquem.

 

O que é língua?

O conceito de língua, por outro lado, se trata especificamente de um código verbal – um conjunto de palavras que detém significado para determinado grupo. Podemos dizer que a língua é um tipo de linguagem.

São exemplos a Língua Portuguesa, a Língua Inglesa e a Língua Brasileira de Sinais, utilizada pelas comunidades surdas, dentre outras.

 

O que é a fala?

Já a fala é a forma como o indivíduo se comunica oralmente. Ela está diretamente relacionada com a língua. Entretanto, ela é considerada individual e comumente é afetada por vícios de linguagem, costumes locais e sotaques.

 

Gramática e Linguística

Para que ocorra uma melhor comunicação, é necessária uma estruturação da Língua. Por isso, cada língua possui um conjunto de regras e normas de combinação específicas, conhecida como Gramática.

 

Já a ciência que estuda a linguagem e suas características é conhecida como Linguística.

 

Autor: Carlos Silva
Data: 2019-11-18
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[1] Tatiana Slama-Casacu. Language et contexte. Haia, Mouton, 1961, p. 20.

[2] CUNHA, C. & L. CINTRA 1996. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Sá da Costa. 12ª Edição. p. 1.

[3] CUNHA, C. & L. CINTRA 1996. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Sá da Costa. 12ª Edição. p. 1.

[4] Aceitando a distinção de Jules Marouzeau, podemos dizer que a LÍNGUA é a “soma dos meios de expressão de que dispomos para formar o enunciado” e o ESTILO “o aspeto e a qualidade que resultam da escolha entre esses meios de expressão”.

[5] Tatiana Slama-Casacu. Language et contexte. Haia, Mouton, 1961, p. 20.

[6] https://www.diferenca.com/fala-lingua-e-linguagem/

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0397. Discurso oral e escrito

397. Discurso oral e escrito

“Na oralidade, os vários elementos que se ligam à melodia e modulação da voz e à construção da frase são importantes para a captação do sentido de um enunciado. Enquanto, na escrita, a pontuação pode alterar o sentido da frase, a entoação e a pausa podem fazer o mesmo no texto oral.”

Infopédia

 

“É a oralidade, e não a escrita, que nos fornece toda a informação necessária para a execução da descrição gramatical.”  

Duarte, I., 2000: 379

 

“(…) só uma parte diminuta das línguas faladas do Mundo tem representação escrita; todas as línguas foram faladas muito antes de serem escritas; todos os seres humanos possuem a capacidade de falar a sua língua materna, mas só uma parte da humanidade, que foi sujeita à experiência cultural da escolarização, tem acesso à leitura e à escrita.”

 

O conhecimento da escrita não resulta unicamente do desenvolvimento do indivíduo e da sua inserção numa comunidade, mas implica um ensino formal.

Silva et al., 2011: 11

A compreensão e produção de discurso oral resultam, fundamentalmente, de um processo espontâneo de aquisição linguística.

A escrita é menos dinâmica e está sujeita a convenções ortográficas que são fixadas e impostas aos falantes de forma a alcançar a uniformidade.

Resultando essencialmente de um processo de aprendizagem, a competência escrita pode ser melhorada através de treino, de desenvolvimento de consciência explícita do funcionamento da língua e de especificidades que caracterizam o modo de uso da língua.

Considera-se, pois, que a escrita tem um grau de planeamento superior ao da oralidade.

De um modo geral, o produtor de texto escrito dispõe de algum tempo de planeamento e execução. Pode, ainda, rever aquilo que produziu, corrigir e até reescrever.

Na oralidade, dada a sua natureza essencialmente interativa, o planeamento e a verbalização ocorrem, muitas vezes, simultaneamente.

O texto falado é, normalmente, desestruturado e ditado pelas circunstâncias sociocognitivas da sua produção; e é nessa perspetiva que deve ser descrito e avaliado.

O texto escrito é, normalmente, mais organizado devido às condições que estão previamente presentes na sua produção, nomeadamente no que se refere aos elementos lexicais, frásicos, temporais e referenciais que contribuem significativamente para a sua coesão.

Em ambas as modalidades da língua, o grau de formalidade é variável uma vez que depende das características da situação (relação emissor-recetor, local, objetivo, etc.)

A oralidade e a escrita são modalidades linguísticas que possuem características próprias; no entanto, não devem ser encaradas de uma forma dicotómica. Os diversos tipos de práticas de produção textual situam-se ao longo de um processo continuo que tem como extremos a escrita formal e a conversação espontânea e coloquial.

A competência escrita pode ser melhorada através do treino e do desenvolvimento de uma consciência explícita do funcionamento da língua e das especificidades que caracterizam este modo de uso da língua.

Autor: Carlos Silva
Data: 2019-10-29
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0397. Discurso oral e escrito

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0396. Literatura

0396. Literatura

.

Como são perfeitos os símbolos duma simples reflexão

Como são perfeitos os sonhos duma simples conceção

Como são perfeitas as imagens duma simples paixão

Como são perfeitas as emoções dum perfeito coração

.

Debruçado completamente sobre a perfeição do corpo

Abraço-a beijo-a suavemente num imensurável conforto

Abraço-a entregue de corpo e alma aos seus recantos

Abraço-a perdido loucamente nos seus cantos e encantos

.

Perdido loucamente em silêncio de tão desmedido ser

Perdido loucamente em deleite de tal clímax de prazer

Perdido loucamente em desassossego de tanto conceber

.

Amo amo a sua forma e expressão até à infinidade

Amo amo a sua estética e estilo que dura e perdura

Amo-te amo-te pois é impossível viver sem ti Literatura

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Autor: Carlos Silva
Data: 2022-10-01
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0396. Literatura

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0395. Militares-Capelães

395. Militares-Capelães

395. Militares-Capelães _noticia

 

Movimento de Militares pela Verdade:

 

“Almirante Gouveia e Melo Exonerou o nosso Capelão Licínio Luís”.

“Cito as palavras do Sr. Capelão ao Sr. Almirante Gouveia e Melo:

Não te deixes levar pelas primeiras impressões.

Aguarda pelos que fazem o caminho certo. A justiça que siga o seu caminho… O senhor Almirante, que aguarde pela justiça. Julgar sem saber, não corre nada bem. Os jovens estavam a divertir-se e foram provocados. Um deles é campeão nacional de boxe, no seu escalão, foi atingido a falsa fé e reagiu.

Quem não o fazia. É selvagem por isso? O senhor Almirante nunca foi para a noite? Nunca bebeu uns copos? Juízo com os nossos julgamentos. Aguardemos pelas investigações. Os nossos jovens têm direito a serem respeitados. Os jovens da PSP estavam no mesmo âmbito e alcoolicamente tão bem-dispostos como os nossos. Juízo com os nossos julgamentos.

O Capelão Licínio Luís apenas apela ao bom senso.

Nenhum dos militares ainda foi dado como culpado.

Nenhum foi julgado pela justiça, mas o Sr. Capelão já foi julgado por estas palavras e exonerado.”

 

— / —

Após ter lido o texto publicado pelo “Movimento de Militares pela Verdade” (acima) … e já ter conhecimento da notícia (“Igreja puxa as orelhas ao Almirante Gouveia e Melo”) pelos jornais, como militar que também sou, não poderia ficar indiferente, deixando também a minha modesta opinião, que vale o que vale… porque o que vale e é realmente inquestionável, é que como consequência de graves agressões à porta de uma discoteca em Lisboa, morreu um jovem PSP com apenas 26 anos… e a sua vida ninguém trará de volta!

Num quartel de militares o Comandante comanda… e manda!… -que, de resto, não é nada fácil!… mas fundamental para que a hierarquia funcione.

Se todos fossem “comandantes” … se todos comandassem, ou simplesmente mandassem uns “bitaites” para o ar discordando dos que comandam, resultaria que ninguém se entenderia.

Os militares devem estar nos Quartéis!

Os capelães devem estar nas Capelas!

Ao Comandante cabe comandar!

Comandar confere o direito de exonerar quem não respeita a hierarquia militar.

É, pois, legítima a exoneração.

Ao Capelão cabe cuidar das “almas” dos seus fiéis seguidores e nem sequer deveria estar nos quarteis.

É inaceitável que no Sec. XXI, a religião (seja ela qual for) ainda se intrometa na ação de comando das Forças Armadas/Segurança… e consequentemente na própria Justiça.

Não são poucos os exemplos em que do casamento (religião/estado) resultaram graves danos para a sociedade civil.

Se os ilustres representantes de certas “divindades” saírem dos santuários e voltarem a ocupar lugares públicos, a tomar decisões que afetam os militares ou o destino de um povo, certamente que regressaremos a um passado recente e sombrio onde a palavra de “deus” era sinónimo absoluto de justiça e moral… e questioná-la uma afronta na maior parte dos casos punida com a morte.

— / —

Como vivemos numa sociedade livre e democrática com plena separação de poderes, nomeadamente no que diz respeito à Justiça e sobretudo à Religião relativamente ao Estado, eis o resultado:

“O Tribunal Central Criminal de Lisboa condenou Cláudio Coimbra a uma pena de 20 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado na forma consumada de Fábio Guerra e por dois crimes de homicídio na forma tentada de João Gonçalves e Cláudio Pereira. Já Vadym Hrynko foi condenado a 17 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado de Fábio Guerra e um de homicídio na forma tentada de João Gonçalves.

O tribunal decidiu ainda aplicar uma indemnização de 432 500 euros à família de Fábio Guerra, que esteve presente na leitura do acórdão.”

02-jun-2023

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-03-31
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0394. Comentários

394. Comentários

Em maio de 2017 escrevi o texto “Missa” que, pelo seu contexto social atual, decidiria incluir no livro Agora (I).

Após inseri-lo no meu blog e publicá-lo nas redes sociais, seria alvo dos mais diversos comentários… alguns elogiosos… outros revelando alguma indignação… outros ainda, ofensivos, que acabaria por apagar ou ignorar.

A dois desses comentários, por serem de amigos que me são relativamente próximos, acabaria por responder e publicar os mesmos no livro Agora II, como forma de esclarecimento, não apenas aos autores, mas a todos os que, em particular, acabaria por não responder.

— /—

O Texto objeto de comentário:

  1. Missa (Agora (I))

 

Fui acompanhar a Luísa e a mãe à missa[1] por “alma do meu falecido sogro” …

Ás vezes entro na igreja com elas, como entro em qualquer lugar, mas desta vez ficaria à porta a falar com um amigo que, entretanto, me abordara.

No final, mostrando algum desagrado, a Luísa comentou comigo:

“Durante a missa pediram-nos dinheiro duas vezes… e à saída, outra vez!”

Não respondi, mas pensei… 4 vezes! -uma vez que para mencionar o nome dos defuntos em memória de quem a missa se realiza, cada familiar paga uma determinada quantia. Tal significa que, numa missa, um paroquiano, pode ter que pagar, pelo menos 4 vezes uma quantia em dinheiro.

Observei que a Luísa também trazia na mão um “Boletim Paroquial da Unidade Pastoral”[2], onde, curiosamente, na capa constava o texto “distribuição gratuita”. Sem perceber bem porquê, entregou-mo. Passando consequentemente os olhos por cima, dois títulos do mesmo despertaram-me a atenção:

O primeiro, dizia…

“Maria não veio a Fátima para que a víssemos, mas para avisar sobre o Inferno que é a vida sem Deus”.

Pareceu-me uma espécie de ameaça encapotada aos que encararem a vida sem o dito “Deus”. Decerto que na eternidade serão encaminhados para o dito “inferno”, em detrimento dos que na terra “vivem com Deus”, (ou pelo menos pensam que vivem!), esses certamente com lugar certo no dito “paraíso”.

Os que na terra “vivem sem Deus”, obviamente que nunca poderão ser boas pessoas!

Mais curioso ainda é que a dita “Maria” tenha vindo a Fátima não apenas para ser vista pelos que a avistam, mas para avisar sobre esse “inferno”!

O segundo dizia…

“Domingo do Bom Pastor”. Dedicado aos sacerdotes…

“Ao entrar na sacristia (cito), o pároco encontra um envelope que por fora dizia “Bom Pastor” e dentro continha alguns euros” de um grupo de anónimos paroquianos que assim quiseram mimar o seu Pastor”.

Afinal também há ofertas em dinheiro aos “Bons Pastores”!

5 vezes! -pensei. Tal significa que numa missa se pode pagar 5 e não apenas 4 vezes!

Há pouco ouvi o Papa Francisco, também numa missa[3] dizer que “não se pode servir a Deus e ao dinheiro. Ou um ou outro. O dinheiro faz adoecer o pensamento e a fé faz-nos ir por outros caminhos…”

— / —

C. B. (amigo de infância, adolescência e maioridade)

Comentário no Facebook ao Texto 116. Missa (Agora I)

“Nunca percebi porque pessoas que criticam e condenam a igreja a utilizam e exigem os seus serviços para os seus interesses. Não sejamos hipócritas!”

Resposta ao comentário:

 Caro amigo C. B.,

Normalmente não troco argumentos no Facebook sobre as minhas publicações, quer sejam sobre “política”, “religião”, “desporto”, etc…

Cada um é do que é e acredita no que acredita!

É um direito que todos temos na nossa sociedade livre e democrática.

Prefiro fazê-lo pessoalmente, sobretudo com os amigos (de infância e de “armas”) como tu.

Vou abrir uma exceção apenas para responder ao teu “Não sejamos hipócritas” porque generalizas; não sei a quem te diriges e também para esclarecer o que julgo ser uma pergunta que fazes (“Nunca percebi porque pessoas criticam e condenam a igreja e utilizam os seus serviços”).

Servirá, pois, para esclarecer também os “comentários” que me são dirigidos por outros amigos quer em público quer em privado.

Para contextualizar e para que melhor entendas, todos os meus textos são baseados em factos reais, em ocorrências, em sentimentos genuínos, em pensamentos pessoais, e este, como tantos outros, não foge à regra. Não existe qualquer “hipocrisia” (pelo menos na minha leitura e interpretação lógica).

Sobre o texto que comentaste, nesse dia tinha ido acompanhar a Luísa e a minha sogra à igreja… -o que é normal (a minha sogra é muito religiosa… e respeito) e como quase sempre, não entrei. Fiquei à porta a conversar com um amigo.

Ao sair, a Luísa comentou comigo que lhe tinham pedido dinheiro na igreja por 3 vezes. Duas durante a missa e uma ao sair, à porta. Depois entregou-me um folheto que recebera onde constava… e cito: que um “grupo de anónimos paroquianos oferecera um envelope ao Bom Pastor (padre) que continha alguns euros. Ora, com o pagamento da missa (que a minha sogra fizera), tal perfizera 5 “serviços” … e seria precisamente este facto (autêntico!) que me impeliu a escrever o texto.

Este e muitos outros textos, fazem parte dum livro que publiquei recentemente. Decidi expô-lo no Facebook porque a divulgação (a publicidade faz parte do contrato que assinei com a editora) têm sido alvo de alguns “comentários” (opiniões contrárias que respeito) e também de censura por parte do Facebook, que considera que alguns violam os “Padrões da Comunidade”, sem sequer justificar, quais e o porquê.

Ora, eu penso por mim e não sigo, nem nunca segui, qualquer padrão de opinião previamente estabelecido ou socialmente incutido desde a infância.

Os textos refletem apenas a minha opinião (que vale o que vale como todas as outras) e tenho todo o direito de expressá-la livremente no Meu site, no Meu blog ou na Minha página do Facebook.

Não tenho por objetivo ofender nenhuma pessoa em particular.

Não “condeno” quem acredita no que quer que seja!

Tu tens todo o direito de seres católico, como outro terá de ser islamita, um índio de adorar o “Deus Sol”, ou eu de não acreditar em nada!

É um direito de todos!

Questionar ou perguntar a existência de “entidades supremas” (ou não!) é perfeitamente natural… um direito de qualquer mente minimamente pensante… mal estaria o mundo se todos pensassem igual, acomodados apenas ao que nos dizem ou ficarmos calados e quietos sem respostas minimamente racionais!

Há pessoas religiosas (e não religiosas) boas e más… o que critico é a maldade e as atrocidades que são cometidas em nome dessas crenças e estados ditatoriais.

Não utilizo “serviços” da igreja, no meu interesse… nunca utilizei. Casei numa igreja (para fazer a vontade aos pais e aos sogros), mas até o podia ter sido num estádio de futebol ou num recito de festas… para mim era igual. O importante era o momento… e vivê-lo intensamente tal como fiz.

Quando um dia cá não estiver… (todos vamos!) … dispenso qualquer cerimónia ou “serviço religioso”, simplesmente porque tal não me conforta nem me diz absolutamente nada. Aliás, ser-me-á indiferente, porque já cá não estarei! Mas se hoje me perguntarem, em vez de “missas”, ou cerimónias fúnebres, prefiro que cantem o hino de Lennon (“Imagine”) por um mundo sem crenças, em paz e em liberdade.

O que faço e sempre fiz é tratar bem a minha família e todos os que me rodeiam enquanto cá estiver… para mim o que realmente mais importa!

É isso que me dá ânimo e me conforta.

Sei que é uma resposta muito longa…

Se a leres espero ter sido esclarecedora.

Se algum dia quiseres falar pessoalmente sobre o assunto, pois, estou sempre disponível.

Abraço!

 

— / —

 P. (amigo de adolescência e maioridade… de corridas de bicicleta… e vida militar)

Comentário no Facebook ao Texto 116. Missa (Agora I)

Amigo Silva, quando utilizas este meio de comunicação para fazeres as insinuações que te vão na Alma “se tiveres” e as enviares aos sete ventos para somente difamares e denegrires quem quer que seja, pois só acreditas em ti e nas tuas verdades, deixo-te estas pequenas palavras para as leres com atenção:

Quando alguém me diz que não acredita ‘nessas coisas’ porque só acredita naquilo que vê, fico a pensar se essa pessoa acredita na sua memória, no seu pensamento, nas suas emoções, na sua intuição. Se alguém me diz que só acredita naquilo que pode ser tocado, medido, comprovado cientificamente, fico a pensar se essa pessoa acredita no amor; se acredita na confiança, se acredita na esperança, se acredita no sentido da vida. A conclusão é sempre a mesma: mais tarde ou mais cedo, todos percebemos que – “o essencial é [mesmo] invisível aos olhos: só se vê bem com o coração”.

Bom domingo

“Deus é tão simplesmente isto”

Resposta ao comentário:

 Caro amigo T. Z. P.,

Amigo de inúmeras corridas de bike… aventuras civis e militares…

Suponho que terás lido a resposta que escrevi acima… por isso não me vou alongar a responder aqui… apenar reiterar que “tenho todo o direito de criticar ideias, ideais, figuras públicas, estados ditatoriais, qualquer tipo de crença ou religião… etc… ” tal como tu!

É um princípio fundamental (liberdade de opinião) de qualquer sociedade livre e democrática…

Cito: “Uma Lei ou Padrão de Comunidade que diga que não posso criticar ou ridicularizar ideias, nomeadamente religiosas ou do domínio público, calando e eliminando os seus membros é no mínimo, INTOLERÁVEL e INADMISSÍVEL, hoje em dia! (Rowan Atkinson).

Acredito tanto no amor que até um livro escrevi sobre ELE! O amor é o meu “deus”!

Não diria que só se vê bem com o coração… mal de nós se não questionamos algo que nos incutem como verdadeiro ou não pensamos racionalmente sobre a realidade!

Há quem diga (Óscar Wilde) que “os olhos são inúteis quando a mente é cega”.

Sabes que eu não acredito em “amigos imaginários”, mas sim nos verdadeiros amigos… como TU!

Eis porque te vou dizer o seguinte: Nunca o revelei nestes anos todos em que estivemos juntos… não sei se terás lido já o meu livro (“Agora I” -decerto que não), mas, se o fizeres, fica a saber que te considero tão “AMIGO”… te tenho tanto no coração que um dos textos (o nº 93) é dedicado a ti.

Grande abraço!

Autor: Carlos Silva
Data: 2023-12-13
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[1] Igreja de Borba
[2] De Borba, Ano 1 Nº 3 maio 2017
[3] Santa Marta

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0393. “Se existe um deus…”

Se existe um deus

Nota: Frase escrita por um prisioneiro numa parede de Auschwitz

“Estima-se que durante o Holocausto tenham morrido mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens judeus”.

Sabe porque é que o seu “deus” não salvou nenhuma destas vidas?

A resposta é simples…

Porque, na realidade, não existe!… ou porque apenas existe em sua mente e jamais salvará ou implorará pelo perdão de alguém!

Hitler pretendia exterminar todos os judeus que viviam na Alemanha e para tal idealizou e criou Auschwitz, um campo de concentração onde decorreu um dos genocídios mais atrozes e ignóbeis da história da humanidade.

Fornos crematórios funcionavam dia e noite usando como lenha seres humanos!… apenas porque eram judeus!… -o tal povo “escolhido” dos católicos que a Bíblia alude.

O que é que fez o seu “deus” para o evitar?

Nada!

Esta é a realidade!… nua e crua, acreditemos ou não.

O “deus” que você imagina e idolatra não existe!

Todos os “deuses” são uma mentira!

Todos os “deuses” são apenas fruto da imaginação e criação humana… que acaba por ser vítima da própria mentira.

O seu “deus” não passa de um pensamento abstrato baseado numa ilusão de perfeição e sobretudo aspiração de imortalidade.

A sua fé não faz existir o seu suposto “deus”!… nem os “deuses” de todos os crentes que os supõem!

Auschwitz, tal como todos os Holocaustos da humanidade, resultou apenas da ação humana e da natureza que a rodeia!

Não adianta implorar por algum perdão… porque não existe nenhum “deus”!…

Autor: Carlos Silva
Data: 2022-05-01
Imagem: Internet
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